INDEPENDENCIA OU MORTE
Entrevistas
1) Nós temos uma safra de bandas muito talentosa que vem se destacando bastante no underground nos últimos anos, ao mesmo tempo em que o rock mainstream está cada vez ausente nas paradas. Em vista disso, como vocês percebem a cena independente do rock carioca atualmente?
Lu ck- Sempre acreditamos no rock, ainda mais o independente, até porque, o estilo já nasceu assim. Até chegar ao mainstream, muitas bandas comem o pão que o diabo vomitou, sendo assim, nada mais natural do que apoiarmos. A cena carioca está fortÃssima a nosso ver, pois há diversos coletivos que vão ganhando muita visibilidade utilizando a internet. As chamadas paradas estão cada vez mais efêmeras, porque a cada dia, nasce uma banda, uma idéia, um acorde, sendo assim, a renovação é constante.
2) A RádioCultFM mantém o programa Faixa Nova que é apenas com músicas de bandas independentes. Vocês podem falar um poco sobre essa contribuição para a cena?
Luck - O programa Faixa Nova, brilhantemente produzido por Rogério Bezerra, é uma resposta aos diversos contatos, e-mails, CDs e MP3 que recebemos diariamente. Existe uma gama imensa de bandas querendo mostrar o seu trabalho e o papel do rádio, inicialmente através das antenas e agora via web, é o de canalizar o novo para quem o busca, sendo assim, a novidade na Radiocultfm tem hora marcada, o que contribui para uma organização pessoal. O público tem conseguido se agendar para estar perto a um computador ou smartphone na hora dos programas e acho que estamos no caminho certo, contribuindo com a nossa parte para a não estagnação sonora.
3) Vocês podem falar um pouco sobre a história, a idealização e o objetivo da Rádio?
A Radiocultfm nasceu dentro da Universidade Estácio de Sá. Era 2009 e estávamos inconformados com o fim da webrádio que havia sido feita para a universidade. Questão de gestão, essas coisas e a bem da verdade, querÃamos um veÃculo independente, que não estivesse preso a nada proibitivo ou algo assim. Não que a Estácio fosse, muito pelo contrário, digo em termos de estilo e conteúdo, devido a faixa etária e target, daà que nascemos apostando na mescla do rock e eletrônico, utilizando as influências que sempre nos acompanharam. O objetivo é levar música que julgamos ser de qualidade ao maior número de pessoas possÃvel. Hoje, seis anos depois, já com alguns eventos da Radiocult sendo realizados pelo Rio, o mais recente no Teatro Odisséia, na Lapa, onde lançamos a nova programação voltada para o Rock e o Blues, com as bandas La Guerra e Kapitu, pudemos observar que os objetivos estão sendo alcançados, degrau por degrau, byte a byte.
4) Como foi o contato de vocês com essa área, trabalhar com música, divulgação de bandas? Como que funciona tudo isso? Como que começou?
A música sempre fez parte da vida de todos os que estão na equipe hoje. Temos uma grande sorte, pois hoje, 2015, trabalhamos com gente que sempre foi espelho, Ãdolo para nós, como Jamari França (Jornalista e crÃtico musical), Luiz Antonio Mello (Radialista e Jornalista) e uma galera mais nova, que tem uma garra incrÃvel, então o trabalho flui super bem porque temos uma sinergia muito boa, que facilita as coisas. A divulgação das bandas é algo muito interessante porque mexe com muita gente. Sempre procuramos trocar, apostamos na troca, daà que pedimos sempre à s bandas para inserirem o logo da Radiocultfm em seus materiais e, em contrapartida, mas não dependendo disso obviamente, os divulgamos, seja nos programas ou nos posts das redes sociais. Começamos há mil anos, somos um tanto velhos, na verdade, tudo o que fizemos antes foi tipo um ensaio para o que executamos hoje. Posso falar por mim mas pelo que conheço da galera, todos têm quase que a mesma história, o de pesquisa, ouvir muito rádio, agora pesquisando nos softwares de músicas e indo a muitos shows, lendo milhares de releases que nos são enviados e interagindo, tanto com músicos, bandas quanto com o público e ouvintes.
Luck Veloso
@luckveloso
Skype: luckveloso72
Cuidemos da música boa que o universo nos presenteia com todo o resto.
